segunda-feira, novembro 06, 2006

Paixonite aguda

Simplesmente, estou apaixonada...
...Apaixonada pela vida, pela música, pelo vento, pelo teatro, pelas risadas que ouço, pelas amizades que cultivo, pelo cheiro da comida de minha mãe, pela voz do Lirinha, pelas letras de Fernando Anitelli, pela percussão de Emerson Calado, pela atuação de Fransérgio Araújo, pela direção de Zé Celso, pelos livros de Saramago, pelo Jornalismo Literário, pelo Cinema Brasileiro, pela dor que sinto no corpo após um ótimo feriado agitado, pela dor de barriga após aquele almoço em família, pela pessoa que sou e pela que pretendo ser, por aqueles que se apaixonam pela vida, pela música, pelo vento...

terça-feira, outubro 31, 2006

Amigos!!!

Simplesmente, obrigada!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Joana do Arco

Venha me buscar
Joana de fogo
Paz, ira
Nesses latifúndios
Nessas coordenadas
Flores que arrancamos
Vão nascer de novo


Venha levantar
Pétala caída
Com seu alimento
Paz, ira
Nesses movimentos nessas caminhadas
Força que ofertamos
Vem salvar teu povo


Venha me buscar
Pétala caída
Com seu movimento
Paz, ira
Nesses latifúndios
Nessas coordenadas
Força que arrancamos vem salvar teu povo


Cordel do Fogo Encantado - Transfiguração

Paula pós show maravilhoso (para variar um pouco!)

terça-feira, outubro 17, 2006

Respire... Solte...

Sinta sua mente...

Sinta seu corpo...

Sinta seu coração...

Sinta a música...

Sinta...

"Os Sertões"...

quinta-feira, outubro 05, 2006

Começando pelo começo

Você sempre quis saber como começou essa coisa toda de EMO, cabelos na cara, piercings, lápis preto nos olhos, cara triste, músicas bregas pacas?

Aqui está:

Alemanha, 1941. Filho de pai Gótico e mãe miguxa, Adolfinho, cansado de sofrer nas mãos do valentão da escola (um tal de Stalin), resolve se revoltar contra tudo isso aí. Compra um All-Star, um par de óculos de acetato e uns CDs do My Chemical Romance, tudo pra dar vazão aos sentimentos. Então, só pra deixar de ser babaca, apanha ainda mais. Pra piorar tudo, a namorada Mussolini termina com ele. Desolado, em 1º de Maio de 1945, resolve fazer a coisa mais emo que existe: se matar.
Será?
Existe apenas uma coisa mais emo que suicídio: Um suicídio que não dá certo.


Texto retirado do site:
http://desciclo.pedia.ws/wiki/Emo

A engraçadíssima Desciclopédia da Wikipédia.

terça-feira, outubro 03, 2006

Preta

Preta
Leva teu xale azul
De seda branca e azul
Que vai chover

A chuva nunca para de cantar
A chuva nunca para de descer

Preta
Leva teu xale azul
De seda branca e azul
Que vai chover

A chuva nunca para de cantar
A chuva nunca para de descer

E a chuva vem pequena e grandiosa
Acalenta ou revira o nosso lar

Preta
Leva teu xale azul
De seda branca e azul
Que vai chover

A chuva nunca para de cantar
A chuva nunca para de descer

E a chuva (chuva)
Com o seu sonho de água vem acesa
Pra lavar o que passou

A chuva nunca para de cantar
A chuva nunca para de descer
A chuva nunca para de cantar
A chuva nunca para de descer
A chuva nunca para de cantar
A chuva nunca para de descer

Cordel do Fogo Encantado

Letra simples e linda
Melodia calma e intensa

Cordel = Paula

sexta-feira, setembro 29, 2006

Uma noite de quase sono devido ao excesso de café

Hum!
É tão bom!
Do armário
Sai o sorriso
Da satisfação

**********************

Evolução crescente
Mais
Mais
Mais música

**********************

Alguém, por favor, poderia tirar esse nome de minha cabeça!

terça-feira, setembro 26, 2006

Confuso?

A dor que desaparece e volta.
Que se mistura com alegria.
Parece ter sumido,
Mas está apenas escondida.
A alegria se sobressai.
Desaparece.
Fica.

Vai.
Dor.
Alegria.
Dor.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Grito d@s Excluíd@s

Quinta-feira, feriado, 7 de setembro de 2006, dia da independência, às sete da manhã, o despertador toca. Levanto, tomo banho, escovo os dentes, tomo café-da-manhã, ouço minha mãe falando para eu tomar cuidado porque o PCC disse que vai matar gente e para sair de perto de confusões e vou para o ponto de ônibus.
40 minutos depois, chego à Praça da Sé e já ouço gritos e apitos, vejo pessoas com caras pintadas de palhaço entrando e saindo da catedral e penso: - O que me espera hoje?
Encontro meu amigo e vamos para a multidão. Ele tira fotos e eu observo até que nos separamos. Ele vai para o caminhão e eu vou com o pessoal do Partido Humanista.
MST, Educafro, PH, PSOL, PSTU, CUT, MSTC, Conlutas, inúmeras bandeiras levantadas durante uma passeata um tanto quanto longa, da Praça da Sé ao Museu do Ipiranga.
Batuquei, gritei, balancei bandeira, conversei e cheguei exausta aos gramados do museu. Lá peguei assinaturas para a legalização do PH e conversei mais ainda com o pessoal.
Chegando ao museu, vi a carreata do PSDB. Enquanto caminhávamos pelas ruas de São Paulo, ele dirigiam seus carros, buzinavam e soltavam fogos tentando sufocar a voz daqueles que gritavam nos carros de som. O bom foi acompanhar o coro que gritava: - Ladrão, ladrão...
Depois fomos almoçar num lugar próximo ao metrô Ana Rosa e assistir à palestra de Luis Ammann do PH da Argentina. Foi muito divertido. Senti-me parte de um grupo que realmente deseja mudar algo em si mesmo e na sociedade em que se insere.
Mas, por outro lado, notei que a passeata tornou-se um costume e que não traz resultados muito visíveis. Umas das principais propostas, a união, não acontece e assim fica cada vez mais difícil causar mudanças efetivas na sociedade.
De qualquer forma, a luta continua, farei o que estiver ao meu alcance no momento que der e seguirei meus princípios até quando esles me preencherem completamente.
Por Paula (feliz por ter usado 7 de setembro da melhor forma possível)

segunda-feira, setembro 04, 2006

Morte e vida Stanley

Na madrugada de vento seco,
No clarão da grande lua, prateada,
No recôncavo do sol,
Na montanha mais longe do mar,
Numa Serra Talhada,
Espinho, fechado, coivara, caiêra, vereda
Distância da rua,
Mato, cerca, pedra, fogo, faca, lenha
Seca, bote bala, bote bala, bote senha
Tabuleiro, um tabuleiro em pó, na pedra dos gaviões,
Uma mulher deitada o nome é Maria,
A dor conduzindo, o filho terceiro nas garras do mundo sem pia,
Vai nascer outro homem ouviram,
Vai nascer outro homem,
Outro homem,
O seu nome é Stanley

Mais um filho da pedra dos gaviões da montanha,
Do recôncavo do sol,
E eu aqui vou cantar sua morte sua vida
Seu ratrato sem cor
Seu recado sem voz

Morte e vida Stanley(3x)
Morte e vida...

Outro homem,
O seu nome é Stanley
Mais um filho da pedra dos gaviões,
Mais um homem para trabalhar,
Na cidade sem sol,
E aqui vou cantar sua morte sua vida
Seu ratato sem cor,
Seu recado sem voz

Morte e vida Stanley(3x)
Morte e vida...

Cordel do Fogo Encantado

terça-feira, agosto 08, 2006

Sesi Bonecos do Brasil

Programação completa do festival que acontece entre os dias 8 e 13 de agosto (incluindo show do Cordel do Fogo Encantado)

Teatro Tenj (Rússia)
Dia 8, 20h e 21h30 - Teatro Popular do Sesi
Dia 12, 19h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 3)
No teatro de sombras Metamorfoses, um pintor, ao som de um piano ao vivo, cria quadros que se transformam à vista do público.


La Fanfarra (Espanha)
Dia 9, 20h e 21h30 - Teatro Popular do Sesi
Dia 12, 20h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 1)
O espetáculo Melodama explora a técnica de fantoches e é baseado na adaptação livre do melodrama A Vingança da Órfã Russa (1899), escrito pelo pintor naïf Henri Rousseau.


The Huber Marionettes (EUA)
Dia 10, 20h e 21h30, Teatro Popular do Sesi
Dia 13, 19h, - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 3)
O animador de marionetes Phillip Huber traz ao palco o espírito dos cabarés e do teatro de variedades em Animação Suspensa.

Petits Miracles (França)
Dias 12 e 13, 16h às 20h30 - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 4)
Na montagem O Circo de Pulgas, o domador Alfredo Panzani troca as grandes feras como o leão e o elefante por pulguinhas amestradas.
Dondoro (Japão)

Dia 13, 21h - Praça da Paz Parque do Ibirapuera (palco 2)
O espetáculo Kiyohime Mandara, da companhia japonesa Dondoro, conta a história de um jovem monge que promete se casar com a jovem Kiyohime. Mais tarde, entretanto, ele parte para um lugar remoto. Traída por seu amante, Kiyohime transforma-se em uma grande serpente.

Cia. da Tribo (SP)
Dias 12 e 13, 15h30 - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (tenda)
Um único ator manipula dez bonecos em Homem-Palco. Amparado por um músico, ele apresenta três contos tradicionais do Brasil: A Princesa Adivinhona, O Marido da Mãe d'Água e O Sapo com Medo de Água.

Gente Falante (RS)
Dias 12 e 13, 16h às 20h30 - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (minipalco)
No espetáculo Circo Minimal, pequenos animais amestrados são os personagens de uma série de quadros curtos, de apenas quatro minutos.

Mestre Zé de Vina - Mamulengo Riso do Povo (PE)
Dia 12, 17h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 5)

Anima Sonho (RS)
Dia 12, 17h30 - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 5)
A companhia gaúcha apresenta Bonecrônicas, peça composta de pequenos esquetes e números musicais feitos por bonecos de luva e de manipulação direta.

Teatro Ventoforte (SP)
Dia 12, 18h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 1)
Em Um Rio que Vem de Longe, um pequeno barco ancorado, que nunca tinha navegado, apaixona-se por uma flor levada pela correnteza. O espetáculo explora a linguagem, os rituais e o imaginário das festas populares.

Mestre Zé Lopes (PE)
Dia 13, 17h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 5)

Valdeck de Garanhuns (PE)
Dia 13, 17h30 - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 5)
Artista pernambucano radicado em São Paulo, Valdeck brinca com seu mamulengo há mais de 20 anos. Em Simão e o Boi Pintadinho, bonecos narram os preparativos para as festa de casamento da filha de um coronel.

Sobrevento (RJ/SP)
Dia 13, 18h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 1)
Cadê o meu Herói? explora a técnica da luva chinesa, com direito lutas, explosões e efeitos de laser.

Contadores de Estórias (RJ)
Dia 13, 20h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera (palco 1)
Concerto é destinado para o público adulto, sem palavras, composto por sete vinhetas.

Desfile de Bonecos Gigantes
Dias 12 e 13, 16h - Parque do Ibirapuera


SHOW
Cordel do Fogo Encantado
Dia 12, 21h - Praça da Paz - Parque do Ibirapuera

Endereços:

Teatro Popular do Sesi (456 lugares).
Avenida Paulista, 1313, 3146-7405.
Terça (8) a quinta (10), 20h e 21h30.
Grátis (ingressos distribuídos a partir das 17h).

Praça da Paz.
Parque do Ibirapuera.
Sábado (12) e domingo (13) , 15h30 às 21h.
Grátis.


(OBS: Quem quiser ir em turma, fale comigo: 5562-3594 ou 8107-4345)

quinta-feira, agosto 03, 2006

Casa pré-fabricada

Abre os teus armários
Eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos

Cobre a culpa vã
Até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo

Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

Vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela
A primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota

Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um tanto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz.
Tristeza nunca mais.

Los Hermanos

Composição: Marcelo Camelo

sexta-feira, julho 07, 2006

Fanzine????? Hein?????

Verdade verdadeira!
O Sujeiras do Assoalho virou fanzine!
Ah, eu tô tão feliz, parece mentira, mas já estou em meu segundo zine.
O Zine Qua Non não morreu, continua firme e forte, porém eu precisava ter algo com meus pensamentos mais, digamos, íntimos. Então, o Sujeiras virou um zine bonitinho.
Só falta comprar folha. Não pode ser impresso em folha sulfite normal, branquinha, tão branquinha. Será em folha, laranja, amarela, verde, sei lá, algo parecido com meu estado de espírito no momento.
Hahaha... (Paula dá pulinhos de alegria!)
Quem me encontrar, pergunta, porque, provavelmente estarei com um bolinho de zines na mão.
Opa, tenho outra boa novidade.
No final do mês de agosto, vai ter Mostra de Fanzines com shows. Tem uma banda quase confirmada e o lugar também. Mas estamos correndo atrás de tudo para que seja uma noite especial e "du balacobaco" (que expressão horrível").
Até mais.

quarta-feira, junho 28, 2006

Dancing with myself

On the floor of Tokyo
Or down in London town to go, go
With the record selection
With the mirror reflection
I'm dancing with myself

When there's no-one else in sight
In the crowded lonely night
Well I wait so long
For my love vibration
And I'm dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink'
Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance

[Scat]
Dancing with myself
Dancing with myself
Dancing with myself
Dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance

Billy Idol

quarta-feira, junho 21, 2006

Louco de Deus

Perto de você,
Dentro da tua história
Eu carrego as paisagens
E as miragens do além

Digo que quebro as telhas
Da nossa grande construção
Pra curtir na amplidão

E o sol rodando vermelho...
E o sol pregado no azul...
E o sol girando no céu...
E o sol rodando no ar!...

Eu sou um louco de Deus,
Eu sou um servo dos loucos de Deus!

No fundo dos olhos, na alma do corpo,
No Fogo! Fogo!
Na alma do corpo, no fundo dos olhos,
No Fogo! Fogo!
Fogo! Fogo!...

Cordel Do Fogo Encantado
Composição: Lira Paes / Clayton Barros

Se o tempo pudesse voltar

Se o tempo pudesse voltar,
A vida seria uma droga:
Os erros se consertariam,
As feridas não se abririam,
Lágrimas deixariam de rolar,
Tudo se tornaria previsível.
Ainda bem que posso sentir tudo.
E meu peito dói a noite
Quando penso no passado próximo.

segunda-feira, junho 12, 2006

Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro

Lá estava eu, mas um domingo, digamos, presa em casa por opção, ouvindo rádio, escrevendo cartas, pensando em alguém que sinceramente só me faz bem, mas que faz doer meu peito por não estar perto de mim, quando ouvi esta música do Wander Wildner.
Sim, eu sei. Eu disse que não gostava de bandas gaúchas, mas a música desse cara bateu com minha situação crítica e resolvi colocá-la aqui.

OBS: As músicas do Cachorro Grande também são legais. Eu assumo. Desculpaaaaaaa!!! Hehehe...

Você sempre surge em minha mente
Sempre você e ninguém mais
É de você que eu me lembro
Sempre você e ninguém mais, e ninguém mais, e ninguém mais

Eu sempre tento e não consigo
Então as vezes quando a noite chega
Eu fico só comigo mesmo
E só me resta a saudade como companhia, como companhia

Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo

Você sempre surge em minha mente
Sempre você e ninguém mais
É de você que eu me lembro
Sempre você e ninguém mais, e ninguém mais, e ninguém mais

Você diz que não me quer mais
E que agora eu sou seu grande amigo
Você me quer só a metade
Mas pra mim você está em toda a parte, em toda a parte

Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo

Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro
Eu não consigo

Eu vo fazer o ieieie
Eu vo fazer o ie,ie,ie
Eu sou o rei do ieieie

João Cabral de Melo Neto

Joaquim:

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


(As falas do personagem Joaquim foram extraídas da poesia "Os Três Mal-Amados", constante do livro "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994, pág.59)


O amor é filme

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

Um belo dia a agente acorda e hum...
Um filme passou por a gente e parece que já se anunciou o episódio dois
É quando a gente sente o amor se abuletar na gente tudo acabou bem,
Agora o que vem depois

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

É quando as emoções viram luz, e sombras e sons, movimentos
E o mundo todo vira nós dois,
Dois corações bandidos
Enquanto uma canção de amor persegue o sentimento
O Zoom in dá ré e sobem os créditos

O amor é filme e Deus espectador!


Cordel Do Fogo Encantado
Composição: Lirinha (Olha só quem compôs!)

sexta-feira, junho 09, 2006

Manifestação na PUCSP


É na PUCSP que eu estudo e com muito orgulho!
É diante da situação ridícula na qual a Reitoria da PUC nos coloca que somos obrigados a tomar atitudes como esta: fazer uma fogueira em frente ao TUCA.
Infelizmente, não estava lá no momento por não saber da manifestação, mas sinto isso com muita tristeza e apoio a luta de meus colegas!
Comemorando não sei o quê, Maura e seus ilustres convidados bebiam champagne e comiam canapés na festa realizada na última terça-feira, dia 5 de junho.
Quem será que pagou tudo isso?
Para piorar a situação, chamaram a política e os bombeiros.
Não podemos mais esperar que as coisas mudem sozinhas.
A Reitoria está pouco se importando com a reforma universitário que estamos sofrendo e a cada dia que passa ignora mais as reivindicações de seus alunos, professores e funcionários.
Não consigo mais ficar vendo a PUC ser destruída por aqueles que pensam apenas em seu conforto e em seu salário.
Companheiros, vamos nos unir para conseguir bons resultados!

Ernesto Che Guevara

"CHE, VIVO COMO JAMÁS QUISIERON QUE ESTUVIERAS"

segunda-feira, maio 29, 2006

Marisa Monte

Mesmo não gostanto de Marisa Monte, achei a nova música dela linda.
O clipe também está bem legal.

Vilarejo

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutos em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

(Descobri porque eu gostei da música. Olha quem compôs: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. Viu!?)

quinta-feira, maio 25, 2006

Caso típico de Boteco

Após uma entrevista, que na verdade foi um super bate-papo, de quatro horas, minha bexiga estava extremamente cheia e pedindo para ser esvaziada.
Detalhe: estava no centro de São Paulo e não tinha outro modo de me aliviar a não ser entrar em algum boteco e fazer o que deveria ter feito há muito tempo.
Lá fui eu com a cara e a coragem.
Entrei, perguntei desesperada "Onde fica o banheiro?" e fui.
Mal sabia eu o que me esperava.
Acompanhe o processo:
Um: o cheiro tava tão bom! O fedo, viu!
Dois:o chão estava alagado e o banheiro era um cubículo minúsculo.
Três: se o chão estava encharcado, claro que não tinha papel higiênico. Ainda bem que eu carrego sempre algum comigo.
Quatro: fui dar a descarga e SURPRESA!, descobri porque o banheiro estava cheio de água. O cano tava quebrado e espirrava tudo.
Cinco: ao tentar lavar a mão descobri outra coisa muito importante. A pia (de plástico) estava quebrada, quase caindo da parede e não tinha ligação alguma com um cano. Tive que lavar a mão, sem sabão, no banheiro masculino e sai chacoalhando tudo.
Bem, acabou minha missão quase impossível.
Resultado: sai rindo sozinha como louca pela rua.
Parece estranho, mas eu tinha que contar isso.
Foi muito bizarro!

São Paulo

Sim, estou com medo!
Sim, me sinto sem braços e pernas!
Sim, não faça a mínima idéia do que fazer!
Não que eu não esperasse algo como o que aconteceu semana passada, mas fiquei extremamente assustada por perceber quanto sou impotente nesta cidade, quanto meu voto não vale um puto, quanto as pessoas não ligam para os outros, quanto o mundo está ridículo...
Os ladrões matam a polícia e a população, a polícia mata os ladrões e a população. Opa, tem alguém entrando no rolo!
Não tem um culpado, todos nós somos culpados e devemos fazer algo, pelo ampor de quem for!
Parece que ninguém sente a situação!

Paulistanos e paulistas, mexam-se!
Alow! Só eu estou aqui, escrevendo, pensando, me martirizando por não saber o que fazer e por não conseguir ver futuro se continuarmos desse jeito.
Poxa, não há respeito mais. De vez em quando encontro alguém mais ou menos, até eu me surpreendo comigo.
O que está acontecendo conosco?
Se alguém souber, por favor, me mande um e-mail, me liga, fala comigo, manda um pombo correio, uma coruja-correio, um dragão-correio, qualquer coisa que faça chegar respostas às minhas mãos frias e ansiosas.

Vou me tranquilizar cantando:
Ê São Paulo
Ê São Paulo
São Paulo da garoa
São Paulo terra boa

Minha cidade está em colapso!

sexta-feira, maio 12, 2006

V for Vendetta


Não resisti e tive que colocar este filme no blog.

Por inúmeros motivos, que não caberiam aqui, amei este filme e o recomendo a todos.

Depois quero abrir uma discussão com quem o ver, pois a necessidade de falar "o que passa na cabeça" que ele causa é incrível.

O site do filme é bem legal também.

Confiram!

http://wwws.br.warnerbros.com/vforvendetta/photos.html

quinta-feira, maio 11, 2006

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain


Um dos melhores filmes da minha vida.


Sinceramente temos uma Amelie Poulain dentro de nós, em alguns, mais escondida, em outros, totalmente aparente.
Pois é, ficou curioso ou se lembrou de tudo (das cenas, dos diálogos)?
Então vai ver o filme!


Dica: A cada vez que você assite ao filme, coisas novas aparecem.

O seu olhar

O seu olhar lá fora

O seu olhar no céu

O seu olhar demora

O seu olhar no meu


O seu olhar, seu olhar melhora

Melhora o meu


Onde a brasa mora

E devora o breu

Onde a chuva molha

O que se escondeu


O seu olhar, seu olhar melhora

Melhora o meu


O seu olhar agora

O seu olhar nasceu

O seu olhar me olha

O seu olhar é seu


O seu olhar, seu olhar melhora

Melhora o meu

Arnaldo Antunes

quarta-feira, maio 10, 2006

Opa!!!

Finalmente retomo minha antiga atividade de colocar o que passa na cabeça num blog para que os outros possam ver.
Se antes me fazia bem, agora fará mais ainda, pois meus pensamentos estão sendo gerados de forma cada vez mais rápida e preciso liberar alguns de vez em quando para dar espaço a outros.
Bom, aproveite e não deixe de continuar o raciocínio!