quarta-feira, dezembro 30, 2009

Desejo

Por mais que eu tente, é impossível não pensar em você, nos momentos intensos que tivemos, no desejo que tomou conta em instantes e não deixou de existir por horas e dias, nas palavras que li depois e que, momentaneamente, reduziram minha vontade de te ver...
Agora estou aqui, doida para te reencontrar e dizer tudo o que sinto, inclusive aquilo que não tem nada a ver com você, pois se existe alguém que me coloca pra cima e que às vezes me irrita com tanto positivismo é você, seu bobo alegre e xarope...
Espero que nada disso te assuste, porque só consigo ser assim, sincera e tagarela. Acho ser melhor do que se ficasse quieta, com cara de bosta e triste por algum motivo. Querendo ou não a tristeza sempre bate na trave e nunca entra. Culpa dos amigos que sempre olham para mim e perguntam: O que foi?, assim me fazendo chorar, falar pelos cotovelos, ou simplesmente dizer: Nada!, e continuar o que estava fazendo. Saber que tem alguém que se preocupa é bom, é ótimo...
Mas te sinto distante e não quero que seja assim, então grudarei no seu pé nem que seja para te xingar e rir sozinha sem você achar graça (momento non sense "cabralístico"!).
Menino feliz, te espero...

quarta-feira, julho 22, 2009

Sufoco

Adoraria ser menos ansiosa, conseguir pensar mais no presente e não ter a cabeça meses à frente.
Meu sonho é conseguir me controlar e cumprir aquilo que prometo a mim mesma. Mas não consigo... Sou rainha em quebrar auto-promessas!
Queria não me tornar tão transparente, quando deveria ser mais misteriosa, talvez mais recatada. Ou então ser mais aberta, me fazer entender melhor.
Para que tanta pressa, mocinha?!
Uma vida regrada, cheia de afazeres sem fim, idas e vindas infinitas me consomem e assim será para sempre, por mais que queira mudar algo.
O que me conforta é ter com quem conversar, dividir angústias e felicidades, poder sorrir ou chorar se necessário, passar momentos ótimos e, infelizmente, finitos com quem me faz bem.
Queria poder ser mais sincera sem ter medo de me envolver demais e depois me magoar profundamente por culpa somente minha.
Mas juro, pelo o que quer que seja, que já melhorei bastante com o passar dos anos e das pessoas. Agora é aproveitar as oportunidades que tenho, ser feliz e fazer pessoas felizes com aquilo que tenho em mãos: eu e meu jeito de ser, inclusive ansiosa.





(Como sempre: PARADOXAL!)

domingo, maio 17, 2009

Uma sujeirinha que incomoda

Achar que o local em que estamos não diz respeito a nós é praticamente um sentimento comum a todo e qualquer ser humano. Talvez o problema esteja em acreditar, com todas as forças, que está tudo bem e que não poderia estar melhor. Porém, é necessário saber balancear essas "crises" para que não exista depressão profunda e nem conformismo debilitante.
É sufocante ver pessoas queridas convictas de que não pertencem ao local em que estão e, ao qual, querendo ou não, você pertence também. Será que deveria sentir o mesmo e querer ir para outro lugar o mais rápido possível? Será que incomodo por não ter vivido experiências fora de minha terra natal? Afinal de contas, o máximo que fiz, foi ir até a Disney com apenas 11 anos de idade. Mal conhecia a história do mundo, mal sabia o que ele reservava para mim (ainda não sei, e isso incomoda, e muito), não compreendia (compreendo) minha mera existência.
Agora me sufoco por não conseguir participar de conversas sobre outras culturas as quais conheceram, por não poder sair daqui nesse exato momento e colher histórias em outros lugares e poder contá-las animadamente para cada interessado, por me ater profundamente aos estudos desde meus 10 anos de idade, por meus pais não terem condições de enviar a filha para outro país (nunca os culpei por nada disso. Cada um possui e faz suas condições e experiências acontecerem). Ninguém tem culpa de nada, só eu.
Eu que quis juntar dinheiro para fazer cursinho, para fazer cursos de línguas, para participar da formatura, para comprar livros e roupas, para tentar me inserir naquilo a que me propus e alçar a meta estabelecida por mim mesma: ter uma profissão e fazer com que meus pais não vivam tão apertados.
Viagens? Não pensei nisso a sério ainda! A meta é visitar a Europa no final de 2010. SOZINHA! Forçar-me a me virar, a dar a cara a tapa, a deixar de ser covarde, a não depender dos outros e esperar a boa vontade deles. Aprender a ser Paula, simplesmente Paula. Não uma pessoa que cria personagens em cada lugar em que passa. Por mais autentica que seja, finjo bem, muito bem. Consigo sorrir quando queria xingar...
Esse texto, que se tornou um desabafo, era para ser uma discussão sobre sensação de mal estar constante. Bem... É assim que me sinto! E é necessário distanciamento para uma análise eficaz, como aprendi na faculdade.

Boa noite

OBS: Post escrito ao som de Maysa.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Um chá

Já percebeu como um chá pode ser extremamente hipnotizante?
Hoje segui a rotina, cheguei no trabalho, liguei o computador, chequei e-mails e esperei a fome bater. Fome que mato tomando água ou chá. Então fui até ao lugarzinho onde há água, café, chá, açúcar, adoçante, colherinhas, copos, guardanapos e a geladeira. Como não tem mate, pego o meu saquinho na gaveta, vou até lá, pego dois copos descartáveis, coloco-o lá dentro, despejo água e começo a parte mais legal: levantar e mergulhar o saquinho... Essa é a primeira fase da hipnose. A segunda começa no ver o açúcar cair, abrir o saquinho e despejar os pequenos e cristalinos grãos na água marrom. Sim, aqui é tudo em saquinhos... Depois vem o mexer o líquido quente com a colherinha (colherinha mesmo, bem pequenininha, pode ser chamada também de pazinha) de plástico transparente. A terceira fase é ver a fumacinha que fica na superfície do chá. A parte mais chata fica no tomar.
Acho que poderia fazer vários só para ver cada detalhe mais de uma vez por dia.
Tente em casa. Além de hipnotizante é calmante e terapeutico também.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Morfeu?

Não sei se quero mais sonhar. Isso não me deixa dormir em paz e muitas vezes me assusta, inclusive quando traz previsões e essas, depois, realmente se realizam.
Parece que meu corpo já percebeu que dormir cansa mais do que ficar acordada e não pára de se mexer, me encomodando.
Morfeu está me atrapalhando, me sufocando com imagens tão reais, quando deveriam ser ilusões das mais perfeitas e belas...
Espero deitar-me, fechar os olhos e em dois minutos desligar tudo, inclusive a maquininha de sonhos do filho de Hipnos.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Futuro

Ah, se pudessemos desaparacer e só voltar quando quisessemos...
Talvez a vida se tornasse menos exigente e ansiosa.
Talvez eu tivesse mais saúde física e mental.
Talvez eu risse mais.
Talvez eu... fosse... estivesse sempre eu.