sábado, março 03, 2007

Um

Não sou flor nem espinho
Só preciso do carinho
De alguém que ama
De alguém que canta
Para encantar seu coração,
Seu pulmão, seu pulso
Ainda sinto em meus braços,
Em meus traços
Refletidos estão seus gestos,
Seus afetos que me comovem,
Que me descobrem,
Que me encobrem
De tantos sonhos,
Brilhos, gritos, dedos,
Mãos que acariciam e machucam de paixão,
De tesão pela novidade,
Pela liberdade de tê-lo perto de mim,
De tê-lo aqui tão perto e tão distante
Na estante, lembranças,
Tranças de um tempo que não volta mais
Que não se desfaz,
Refaz e faz a alegria,
A alegoria da vida,
Da subida de degrau em degrau
Que mal me cansa,
Que mal descansa em seu colo
E adoro e decoro os versos escritos para seu sorriso,
Meu gemido de prazer
Por viver o agora, o depois e o antes,
Por viver o sempre
E sempre querer mais
E não ver o fim
O fim de mim.


* Paula Cabral Gomes *

Um comentário:

Johnny Nogueira dos Santos disse...

Esse é o poema que representa para mim a minha amizade e a minha consideração por você...

Foi o meu primeiro contato com a sua escrita e com a sua alma.

Grande abraço magrela!!!

Saudade sempre!!!!!